“Surreal”: filme conta a história de pioneira do graffiti de São Paulo em evento gratuito e aberto ao público

Com lançamento marcado para os dias 11 e 25 de março, o filme mergulha na vida e trajetória de NeneSurreal, artista urbana renomada no movimento hip hop

Nene Surreal filme
Nene Surreal (Foto: Daisy Serena)

Mulher negra, periférica, mãe, artista plástica e visual, artesã, educadora social, escultura, pintora, avó, lésbica e graffiteira. Essas são algumas formas de se referir a Nene Surreal, representante do grafitti de São Paulo desde os anos 90.

Nascida em Diadema, um dos berços da cultura hip hop, sua fonte de inspiração são as mulheres que sofrem apagamento. É para e por elas, que Nene começou a ocupar as ruas como representante do graffiti nos anos 90. Nos mais de 25 anos de carreira, também levou sua arte para espaços culturais de todo o Brasil, como Centro Cultural Branco do Brasil, Casa do Hip Hop, Festival Arte Negra (BH), entre outros; e internacionais, como o Festival Queer Wien Woch em Viena. Em 2016, venceu o Prêmio Sabotage, em 2018 foi homenageada pela ONG Ação Educativa, no Dia do Graffiti e em 2021, a Pinacoteca Municipal de Mauá adquiriu uma instalação composta por 5 esculturas da artista em seu acervo permanente.

Toda sua trajetória está presente no documentário “Surreal”, idealizado por Ketty Valencio e produzido pela Oxalá Produções, com lançamento gratuito e aberto ao público.

“O filme acompanha o movimento da NeneSurreal, mergulhando em seu cotidiano e em sua arte única e marcante. NeneSurreal se desloca da periferia para o centro, de São Paulo para Viena, da superação de suas dores pessoais para a luta coletiva, da arte para o empreendedorismo, do embate aos afetos; e inspira mulheres e jovens a resistir e realizar seus próprios sonhos”, conta Ketty.

No dia 11 de março, a produção é exibida na Fábrica de Cultura Jd. São Luís e conta com roda de conversa sobre “A Arte de Meninas y Mulheres Coloridas”, com Ordalina Cândido, pintora, educadora e uma das primeiras moradoras do bairro Jardim Inamar, em Diadema; e Auá Mendes, artista indígena Manauara do Povo Mura.

A roda será mediada pela Mestre de Cerimônia Dina Maia, educadora, atriz e bailarina; e, se encerra com apresentação musical da rapper Preta Ary. O evento também marca o lançamento de uma empena gigante feita em parceria com Negana, AZ Brasil, Isa Brisa e Mara Mbhali. O desenho apresentado, tem sete pessoas pretas em uma roda em torno de uma cabaça, que entre tantos significados, aqui o conhecimento, a troca de saberes, a escuta, o momento no qual pessoas pretas repassam segredos e buscam conhecimento.

O segundo encontro acontece no dia 25 de março na Casa de Cultura da Vila Guilherme (Casarão) com roda de conversa, feira de afroempreendedoras e show do grupo Rap Plus Size.

Tanto o documentário, quanto a empena e os eventos de lançamento fazem parte de um projeto multidisciplinar que foi contemplado na II edição do Edital de apoio à cultura Negra realizado pela Secretaria de Cultura de São Paulo.

Serviço

Lançamento do documentário “Surreal” na Fábrica de Cultura Jd. São Luís

Dia 11 de março às 15h

evento gratuito

R. Antônio Ramos Rosa, 651 – Jardim São Luís, São Paulo

Lançamento do documentário “Surreal” no Casarão

Dia 25 de março às 15h

evento gratuito

Praça Oscar da Silva, 110 – Vila Guilherme (São Paulo/ SP)

Redação
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