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Na série “O Silêncio Que Canta Por Liberdade”, Úrsula Corona desvenda o impacto da ditadura sobre a cultura do Nordeste

Série conta com trilha original de Daniel Gonzaga e depoimentos de Alceu Valença, Chico César, Gilberto Gil, Gal Costa, Moraes Moreira, entre outros.

Foto: Divulgação

Setembro de 2022 — Trinta e sete anos após a redemocratização brasileira, o fantasma da Ditadura Civil-Militar que assolou o país por mais de duas décadas ainda se faz presente. Entendendo que rememorar o passado é a melhor maneira de evitar revivê-lo, a série documental “O Silêncio Que Canta por Liberdade” é Idealizada por Úrsula Corona – que também assina a direção – e Omar Marzagão, da Sete Artes Produções – responsável pela direção geral – a série, que tem trilha sonora original de Daniel Gonzaga, estreia com exclusividade dia 16 de setembro, no canal Music Box Brazil.

Contada em oito episódios através das vivências de compositores, jornalistas e artistas nordestinos renomados, como Moraes Moreira, Alceu Valença, Gilberto Gil, Gal Costa, Chico César, Caca Diegues, Capinam, Otto, entre outras personalidades importantes, a série traça um panorama do que foi a ditadura brasileira e como o movimento artístico nordestino sofreu com as repressões e censuras à sua arte.

Os depoimentos trazem a autoridade moral daqueles que lutaram pela liberdade de expressão e por suas vidas durante a ditadura, oferecendo ensinamentos à nova geração de brasileiros sobre o valor da democracia e da arte como veículo de resistência.

“Fico muito honrada de estarmos juntos realizando essa série para deixar esse legado para outras gerações . Nossa história não será apagada. Um retrato desconhecido de uma região única com talentos inenarráveis que transborda música e dor. Cada episódio traz ao espectador o mundo de dentro de cada artista e de como a sua arte foi fundamental para a ressignificação e superação de tempos tão difíceis . A música foi a ferramenta fundamental para o Silêncio ser superado. Eu como filha de nordestina, neta de índio fulnio, fico emocionada de aprender tanto nessa jornada e concretizar esse projeto feito com tanta entrega”, afirmou Úrsula Corona.

“Para Sete Artes preservar a memória cultural do nosso país através dos nossos projetos é um dos pilares que sustenta nossa produtora. Acreditamos que só através desse olhar sobre o nosso passado podemos olhar para o futuro, nos oferecendo uma chance para refletir sobre nossa história e ter consciência para não repetir os mesmos erros. ‘O Silêncio que canta por liberdade ‘ nos da a oportunidade de fazer perguntas diferentes sobre o passado e aprender coisas novas sobre nossa história e sobre nós mesmos” – Omar Marzagão / Úrsula Corona

Conheça abaixo a sinopse dos episódios:

1 – Primeiro episódio da série “O Silêncio que Canta por Liberdade”, “O Desacato à Liberdade” retrata o panorama do que foi a ditadura brasileira e como o movimento artístico sofreu com as repressões e censuras à sua arte. Paralelo a isso, exploramos os preconceitos que os artistas nordestinos sofriam no Brasil meridional. Contudo, é neste momento que a cultura nordestina ganha efervescência, através das vozes de Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro.

2 – No berço do Brasil, onde o país começou, os artistas baianos compartilham a importância da matriz africana para a influência da música local e a riqueza desta simbiose natural desde a colonização, além de relatar as violências sofridas no período da ditadura militar.

3 – O episódio “Somos Todos Iguais” faz justiça à pluralidade musical da Bahia, denunciando a censura sofrida em suas composições durante a ditadura. Dentre as sonoridades baianas, nesse episódio se destaca o axé, o ritmo afrobrasileiro industrial da Bahia, que por vezes foi marginalizada por ser considerada um ritmo comercial. Histórias inéditas reveladas através da coragem em cada relato.

4 – No episódio 04, é a vez do “Pessoal do Ceará” compartilhar suas experiências durante a ditadura, com relatos de artistas que vivenciaram a prisão e a violência sem abrir mão de manifestar e militar através de sua arte, tendo como um de seus precursores Belchior.

5 – Com tantos estilos musicais, tradições e culturas, Pernambuco é o berço de várias influências na cultura brasileira, sob a regência de Luiz Gonzaga. Neste episódio artistas compartilham a efervescência da cultura pernambucana durante a ditadura militar.

6 – A pluralidade musical pernambucana segue sendo abordada no sexto episódio da série. Artistas relembram os movimentos importantes do estado, como a Feira de Música Experimental, conhecida como o Woodstock Pernambucano. O movimento psicodélico e de contravenção foi um dos alvos do regime militar, através da censura e da repressão.

7 – A resistência dos artistas paraibanos é a protagonista deste episódio, cujo movimento forte e politizado ocupou os espaços culturais como um ato de resistência à ditadura militar. É em meio a este movimento efervescente que nasce a identidade musical paraibana.

8 – No último episódio da série, proporcionamos um encontro entre a geração que viveu a ditadura e a nova geração de artistas nordestinos. O desfecho analisa o impacto da riqueza musical brasileira, desde a sua origem indígena às diversas influências rítmicas, que juntas romperam o Silêncio para oxigenar o respeito à diversidade em busca da liberdade.

Disponível nas principais operadoras de TV por assinatura, o Music Box Brazil pode ser acessado também — em formato linear — através da plataforma de streaming Box Brazil Play, dedicada exclusivamente ao conteúdo nacional.

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