Celulares mal foram usados na Time Warp Brasil 2025 — e isso não era regra do festival

Nos dias 2 e 3 de maio, o Vale do Anhangabaú voltou a ser tomado com a energia que só quem vive a música eletrônica entende. A Time Warp Brasil 2025 mostrou mais uma vez por que é um dos festivais mais respeitados do mundo, e, claro, o BreakTudo esteve lá mais uma vez para registrar o evento.

A edição deste ano foi marcada por um clima que beirava o mágico. A produção manteve o alto nível de sempre, com estrutura impecável, som otimizado e uma cenografia que transformou o centro de São Paulo em um verdadeiro portal para outra dimensão sonora. Mas o que mais chamou atenção — além do line-up de peso — foi o comportamento do público: os celulares estavam presentes, mas muito menos do que se vê em eventos desse porte. E o mais curioso? Não era uma regra do evento.

Uma conexão além das telas

Durante a cobertura, a equipe do BreakTudo percebeu que o foco da galera estava totalmente voltado para a música e para os DJs. Era olhor no olho, dança conectada e aquela sensação de estar realmente vivendo o momento. Claro, rolaram uns cliques aqui e ali, vídeos de influenciadores e registros espontâneos dos fãs, principalmente nos arredores das pistas. Mas no “centro” da festa, onde o som batia mais forte, era nítida a escolha coletiva por estar ali de corpo e alma, e não apenas por trás de uma tela.

Esse movimento, que tem ganhado força entre os fãs de música eletrônica, mostra um amadurecimento na cena — uma vontade genuína de experimentar o festival com todos os sentidos, e não apenas através do celular. E o Time Warp soube entregar exatamente o que esse público busca: imersão total.

Um line-up que falou alto

É impossível falar da edição de 2025 sem citar os artistas que fizeram o chão tremer. O primeiro dia trouxe sets inesquecíveis de nomes como Honey Dijon (sempre elegante e potente), Funk Tribu, Indira Paganotto, além do tão esperado b2b entre Mochakk e Tiga — que foi, sem exagero, um dos momentos mais comentados da noite.

Durante os dois dias, o ritmo se manteve intenso com apresentações de Patrice Bäumel, Âme live, Trikk, Joseph Capriati b2b Vintage Culture e Nina Kraviz, que trouxe seu estilo ousado e magnético para celebrar com todos. A curadoria soube equilibrar lendas da cena com talentos em ascensão, criando uma jornada sonora coerente e empolgante.

Segurança, conforto e vibe positiva

Outro ponto que merece ser destacado — e elogiado — foi a segurança do evento. A organização acertou ao garantir presença constante de equipes treinadas, atendimento rápido e uma sensação geral de tranquilidade. Os acessos estavam bem sinalizados e ao longo dos dois dias, a área de alimentação estava bem centralizada entre o palco 1 e 2. Tudo isso contribuiu para que o público pudesse curtir o evento sem “perrengue”.

E esse cuidado foi percebido. As redes sociais e conversas no próprio festival mostraram um feedback extremamente positivo da galera. Muita gente ressaltou o ambiente acolhedor, o respeito mútuo entre os frequentadores e a sensação de estar em um espaço onde todos estavam ali pela mesma razão: a música.

O festival que a gente quer repetir

O Time Warp Brasil 2025 deixou claro que é mais do que um festival: é uma celebração da cultura eletrônica em sua forma mais pura. 

Com o Vale do Anhangabaú mais uma vez como cenário, o evento reforçou que a Time Warp é daquelas experiências que a gente não esquece — e já deixa a gente com gosto de quero mais.

Se você esteve lá, sabe do que estamos falando. Se não foi, é um momento de refletir e se preparar para estar na próxima. Porque viver o Time Warp é algo que vai muito além do que qualquer câmera pode registrar.